Dólar encerra estável após atingir R$ 6,20 com intervenção de US$ 3,3 bi do BC
- ivanluis82
- 17 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de jan.
O dólar à vista encerrou próximo da estabilidade nesta terça-feira (17), com alta de 0,10%, cotado a R$ 6,0982, marcando o maior valor nominal de fechamento da história. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a ultrapassar R$ 6,20, mesmo com duas intervenções realizadas pelo Banco Central.

Intervenções do Banco Central
O Banco Central realizou dois leilões à vista para conter a volatilidade cambial. O primeiro, logo pela manhã, injetou US$ 1,27 bilhão no mercado. Já o segundo, ocorrido à tarde, foi ainda mais robusto, com a venda de US$ 2,015 bilhões, aceitando propostas a uma taxa de R$ 6,15 por dólar.
Apesar das intervenções, o dólar futuro na B3 apresentava queda de 0,84% às 17h05, cotado a R$ 6,107. A pressão sobre o câmbio reflete um cenário de incertezas fiscais e políticas, além da expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos.
Contexto Econômico e Histórico
Os investidores seguem cautelosos diante das dificuldades do governo em implementar medidas fiscais robustas. A recente divulgação de novas isenções de imposto de renda e cortes de gastos decepcionou o mercado, que já demonstrava ceticismo em relação ao compromisso com a sustentabilidade fiscal.
No Brasil, o Banco Central elevou a taxa básica de juros para 12,25% este mês, prometendo novos aumentos nos próximos meses para conter a inflação. Ainda assim, o real acumula queda de mais de 21% no ano, tornando-se a moeda com o pior desempenho global em 2024.
Impactos no Mercado
A instabilidade cambial tem gerado impactos significativos no mercado financeiro, com empresas do Ibovespa enfrentando dificuldades devido às altas taxas de juros e custos crescentes. Além disso, as intervenções do Banco Central, embora necessárias para reduzir a volatilidade, têm efeito limitado na contenção de movimentos especulativos.
Comentário
A trajetória do dólar reflete uma combinação de fatores internos e externos, como pressões fiscais locais e a expectativa de uma política monetária mais restritiva nos Estados Unidos. O mercado seguirá atento às próximas ações do Banco Central e do governo para estabilizar o câmbio e retomar a confiança dos investidores.
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